quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Opinião: "Expiação"


Título: Atonement (Expiação)
Lançamento: 2007
Actores: Keira Knightley, James McAvoy, Brenda Blethyon...
Direcção: Joe Wright
Gênero: Drama/Mistério/Romance/Guerra
Duração: 123 min.

     Essência Pura: 10/10

     Sinopse: Em 1935, uma escritora de 13 anos, Briony Tallis (Saoirse Ronan), e a sua família vivem uma vida de riqueza e privilégios na sua ostentosa mansão. No dia mais quente do ano, gera-se uma atmosfera asfixiante, por culpa da ágil imaginação de Briony. Robbie Turner (McAvoy), o filho do mordomo, vive apaixonado pela irmã de Briony, Cecilia (Knightley) e basta apenas uma faísca para a relação se tornar mais forte. Quando isso acontece, Briony - que tem um fraquinho por Robbie - sente-se no direito de interferir, resolvendo acusá-lo de um crime que não cometeu. Cecilia e Robbie declaram-se, mas ele é preso - e em conjunto com a falsa testemunha Briony, o rumo destas três vidas é alterado para sempre. Briony tenta encontrar o perdão pelo erro infantil e através de um acto terrivelmente imaginativo, encontra um caminho para a redenção, e compreensão daquele tipo de amor que perdura. 

     Opinião: Simplesmente perfeito. Todo o filme encontra-se numa total sintonia que poucas ou nenhumas são as falhas que encontro. Quando vejo este filme sinto-me hipnotizada e até mesmo enfeitiçada por toda a trama. Mas sem mais demoras passo a explicar porquê.

     Pode parecer uma história vulgar, já muito debatida mas são os pequenos pormenores deste filme e do argumento do mesmo que fazem diferencia-lo de todos os estilos que se possam dizer parecidos. Existe uma jovem rica e que dá pouca importância às coisas a viver numa "modesta" mansão nos arredores da cidade, longe da confusão. Mora com a mãe e com o pai que muitas das vezes fica a dormir na cidade por "sair tarde do escritório" e tem como é normal neste caso uma irmã mais nova. Por serem ricos têm de ter empregados e como já se era de suspeitar um deles será um jovem que quer subir na vida por bons caminhos, através dos estudos e da sua verdadeira intelegência, portanto, um jovem pacato e modesto com fortes e justas ambições. Gostam dele e apoiam-no nos estudos. A jovem beleza da família não aprecia e desde cedo começam as discussões até ao dia, pois claro, que se apercebem que há algo mais. Mas é aqui que tudo muda, que todo o filme se desenrola de tal forma que nos suprende a casa segundo. Passo a contar...

     Desde todas as imagens escolhidas a dedo, com as músicas que encaixam nos sons das personagens, assim como, as ligações das cenas que não parecem filmadas mas sim reais, vistas pelos nossos olhos, fazem com que o filme seja desde aí visto noutro panorama. Pois bem, por estranho que parece aqui encontramos duas visões bem diferentes no decorrer do filme, a visão da jovem beldade, Cecilia, que se apaixona perdidamente pelo empregado, Robbie e temos a visão da beldade mais nova, a irmã de Cecilia, a imaginativa Briony. A meio do filme passamos também a ter a visão do Robbie e acreditem que os pensamentos e atitudes são completamente diferentes uns dos outros.

     O romance em si poderiamos acreditar que teria dado errado por vários motivos como os pais não aprovarem, ele ter de ir estudar para fora ou mesmo ela. Ela ser obrigada a casar com um homem rico e bla bla bla. O normal, pois bem não contarei o real motivo pois estragaria o filme a quem o quisesse ver, contudo posso contar que bastam se tanto 20 minutos de filme para perceber que as crianças nem sempre são assim tão inocentes e que a imaginação das mesmas nem sempre leva a bons caminhos. Enquanto uma pessoa mais experiente, que conhece a vida pode ver uma cena de uma determinada forma, uma criança inexperiente que apenas conhece pouco e não ouviu o bastante para compreender certas atitudes pode achar uma cena completamente o contrário do que o adulto entendeu com ela. 

     Para além, dessa grande verificação ao longo do filme verifica-se também como foi o decorrer da guerra no Reino Unido e um pouco no norte de França no retorno das tropas inglesas. É uma visão indescritível. 

     Pontos Baixos: Sou sincera, serei incapaz de enunciar um único ponto baixo. Deixo essa tarefa a quem o quiser enunciar.

     Pontos Altos: Já estes são tantos que seria impossível referi-los a todos. Bem posso dizer que todos os actores tiveram uma actuação magnífica. Senti que conseguiam transmitir o sentimento necessário, nem em pouca quantidade nem em excesso apenas o que era necessário sentir nas várias cenas. Uma actuação belíssima. Não posso também de deixar de parte a escolha das músicas, essas fizeram ligações entre cenas magníficas completando o esplendor das cenas. As filmagens foram sem dúvida o ponto mais alto do filme, todas as imagens do filme encaixaram perfeitamente o que não se vê em muitos filmes. Para finalizar, adorei todas as visões da guerra, tanto do regresso dos soldados que estavam em França como dos cuidados com os feridos em Inglaterra. 

     Para quem não sabe o filme foi uma adaptação do livro Atonement de Ian McEwan. Antes de ler o livro vi primeiro o filme e amei-o como o referi, no dia que decidi ler o livro fiquei com receio que depois de lê-lo passasse a achar que o filme tinha sido uma má adaptação cinematográfica. Contudo, neste momento amo tanto o livro como o filme, claro que há algumas cenas no livro que não estão no filme e que lá ficariam lindamente mas acho que assim como está ficou uma adaptação quase perfeita para não dizer perfeita. O autor em todo o decorrer do livro faz-nos descrições magníficas e detalhadas que foram bem aproveitadas e bem conjugadas no filme. Após tudo isto só posso afirmar, leiam ou vejam o filme ou mesmo ambas as coisas que não se irão arrepender.

*.* E.P.
      

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

The Sookie Stackhouse Novels / Southern Vampire Series / Sangue Fresco



     Nunca uma saga teve tantos nomes. A famosa saga de vampiros, Sangue Fresco, é conhecida mundialmente tanto pelos livros como pela série baseada nos mesmos. Charlaine Harris apenas criou um universo paralelo onde os vampiros poderiam conviver com os humanos mas só até um certo ponto.

     A história começa 2 anos depois de os japoneses terem criado em laboratório sangue sintético permitindo aos vampiros darem-se a conhecer às pessoas e pedindo direitos iguais ao humanos, como lugares na política. No entanto toda a saga destaca-se numa pequena terra chamada Bon Temps, onde reside a Sookie com a sua avô. Tendo ainda um irmão que vive na antiga casa dos pais e que é um tremendo Don Juan. Como profissão a Sookie é garçonete, no entanto é sempre olhada de lado pois tem o dom de ouvir os pensamentos das outras pessoas. 

    Também se verifica na saga que ao longo dos livros vão aparecendo outros seres sobrenaturais que levam-na a tornar-se mais apelativa para quem não aprecia tanto os vampiros, contudo para outros leitores o uso de tantos seres não humanos torna-se exagerado tirando o centralismo à Sookie e aos vampiros. 

     Esta saga mundialmente conhecida teve um inicio bastante crítico, pois nenhuma editora americana arriscava em publicar os devaneios da famosa Sookie Stackhouse.  Finalmente, em 2001 o primeiro livro de uma saga ainda incompleta de 13 livros foi publicado. Dead Until Dark, em português o famoso Sangue Fresco.

     Passaram a ser todos os anos publicados um livro da saga. Até ao momento em português encontram-se 10 já publicados pela editora Saída de Emergência enquanto que nos EUA já 11 se encontram disponíveis para os fãs.

Dead Until Dark : Sangue Fresco
Living Dead in Dallas : Dívida de Sangue
Club Dead : Clube de Sangue
Dead to the World : Sangue Oculto
Dead as a Doornail : Sangue Furtivo
Definitely Dead : Traição de Sangue
All Together Dead : Sangue Felino
From Dead to Worse : Laços de Sangue
Dead and Gone : Sangue Mortífero
Dead in the Family : Segredos de Sangue
Dead Reckoning

     Para além dos 11 livros publicados actualmente, existem também pequenos contos/novels que contam histórias decorrentes entre livros e que aprofundam um pouco mais as vidas das personagens já que todos os livros da saga têm como narrador a protagonista, Sookie Stackhouse. 

     Sendo esta, uma saga totalmente rentável, a HBO decidiu reproduzir a série. A proposta foi aceite por Charlaine Harris e como realizador/director ficou Alan Ball. Um realizador que tem levado muitos fãs dos livros à loucura devido à divergência entre os livros e a série, contudo quem não leu os livros aparenta apreciar bastante a série televisiva e gostar das opções tomadas pelo realizador.

     Actualmente nos EUA já terminou a 4ª Temporada enquanto que em Portugal esta ainda está a decorrer. 

     As opiniões tanto dos livros como da série têm sido variadas, mas no final a verdade é que ambos têm atraído milhares de pessoas e tanto os livros se encontram nos tops de vendas quando vão para as bancas como a série tem óptimas audiências. Para quem tiver interesse em iniciar o decorrer desta aventura pode ser consultar os seguintes sites:

    


      Considero na minha opinião que os livros são mais atractivos mas também sigo a série e acho que apesar de tudo a série torna-se num bom complemento aos livros. Aconselho totalmente esta saga.

Para mais informações e opiniões estarei sempre disponível.

*.* E.P.

Opinião: "A Juventude de Jane"


Título: Becoming Jane (A Juventude de Jane)
Lançamento: 2007 (USA)
Actores: Anne Hathaway, James McAvoy, Julie Walters...
Direcção: Julian Jarrold
Gênero: Biografia/Drama/Romance
Duração: 120 min.

      Essência Pura: 9.5/10

    Sinopse: Jane Austen (Hathaway) acredita no amor. Os seus pais (Walters e Cromwell) pretendem que ela case por dinheiro e na Inglaterra de 1795 essa é a entrada, no mundo, para uma jovem mulher. Mas quando a rapariga de 20 anos conhece o jovem encantador irlandês, Tom Lefroy (McAvoy), a sua inteligência e arrogância despertam a curiosidade de Jane e o seu mundo vira-se de pernas para o ar. Poderá Jane dar-se ao luxo de rejeitar a oferta do sobrinho de Lady Gresham (Smith), opor-se à autoridade dos pais e desafiar as convenções sociais?

    Opinião: Confesso antes de mais que a minha opinião será sempre bastante "duvidosa" relativamente a este filme, pois sempre amei a escritora Jane Austen e os seus romances, assim como, adoro ambos os actores que protagonizam esta grande biografia e história de amor, Anne Hathaway e James McAvoy. Admito também, já ter visto o filme tantas vezes que fará com que a opinião não seja tão pura, pois já tive dezenas de oportunidades para verificar melhor uma ou outra situação do filme.

    Todo o filme tem como foco principal a vida de Jane Austen na sua juventude, na época em que a escrita de autoras femininas era vista com desagrado pela sociedade. Jane por sua vez acreditava que poderia vir a ser uma escritora talentosa e transmitir os seus sentimentos pela escrita. Essa opção de futuro era bastante mal vista pelos seus pais, mas a teimosia da jovem fê-la sempre acreditar que decidiria o seu futuro e não seria dependente de um homem, assim como, não suportaria rebaixar o seu grau de inteligência e conhecimento só para aparentar ser um melhor partido, já que uma mulher sem opinião era sem dúvida um óptima qualidade na época. Verifico assim, uma mulher lutadora, independente e revolucionária para a sua época. 

    No entanto, como qualquer jovem, as inseguranças verificam-se em Jane, assim como as dúvidas e os medos, embora disfarçados mas sempre à espreita. O medo de não ver a sua escrita reconhecida, a dúvida de ser realmente capaz de viver de um rendimento seu e não de um marido e a falta de experiência de vida fazia com que de certo modo achasse a sua escrita mais limitada, apesar de Jane nunca admitir realmente esse aspecto no decorrer de todo o filme. Jane Austen tinha todas as qualidades para ser uma óptima escritora, mas faltava-lhe o poder de arranque que a fizesse passar dos longos contos que escrevia para certos momentos para livros.

    Tudo isto mudou com a entrada de Tom Lefroy, o par romântico de Jane. Este continha uma personalidade totalmente diferente da de Jane mas ao mesmo tempo bastante semelhante. Ele de uma grande cidade, ela do campo. Ele com bastante experiência de vida, ela com uma experiência limitada às poucas conversas do campo. Ele um futuro advogado de prestígio, ela cheia de ambições mas sempre dependente. Ele um tremendo irresponsável, já ela agia com todo o decoro necessário na época. Duas pessoas com características tão diferentes só podia dar em desejo. Iniciam como é hábito com pequenas indirectas insultuosas, passando a conviver mais até o amor nascer.

    Não explicarei todos os detalhes do amor de ambos. Apenas posso opinar que sentia-se a pureza do mesmo. Ambos queriam mudar para ficarem juntos, mas nem sempre o que queremos é possível, pois nem sempre um amor entre duas pessoas é mais forte que certas circunstâncias da vida. Podemos verificar isso no decorrer do filme. 

    Neste filme para além da juventude e do romance de Jane, mostra-se também o início da sua carreira como escritora. Jane inicia o livro Orgulho e Preconceito no decorrer de toda a sua paixão por Tom e promete desde logo à sua única irmã, Cassandra, de que todos os seus livros iriam ter finais felizes independentemente do que acontecesse durante todo o livro, as suas personagens teriam os finais que desejassem para si e que as fizessem felizes. 

    Pontos Baixos: Após a opinião geral, todo o filme aparenta ser perfeito, contudo, há sempre momentos, cenas ou personagens que têm os seus pontos baixos. Este filme não é excepção. Durante o filme são apresentados os vários irmãos de Jane, tendo esta uma irmã referida por mim anteriormente e mais dois irmãos. Um deles, Henry Austen, é amigo de Tom o que levou em certa forma a aproximação do mesmo com Jane, contudo existe um outro irmão que é surdo-mudo. Achei que foi apresentado o destaque suficiente tanto a Cassandra, como a Henry, até mesmo a Condessa, uma familiar afastada. Mas faltou um maior destaque a o irmão George , não que fosse necessário cenas completas, mas a entrada em cena desta personagem por vezes aparentou-me ser algo só para ocupar tempo ou acompanhar Jane o que era totalmente desnecessário. Admito também que a inocência de Jane no decorrer do filme por vezes me pareceu em excesso, já que a mesma era fã de uma grande escritora do momento, Radcliffe , que pelo que sei escreve livros que tiraria pelo menos o excesso de inocência de Jane. 

    Pontos Altos: Como puderam verificar até aqui, este filme agradou-me bastante por vários motivos. Contudo destaco apenas alguns. Tanto a actuação da Anne Hattaway como do James McAvoy foram extraordinárias a meu ver, entraram nas personagens de uma forma bastante real. A Jane Austen foi representada da forma que eu sempre a imaginei, uma revolucionária e independente. Houve também uma demonstração bem explícita que as mulheres estavam dependentes da fortuna dos homens/maridos e como o amor era sempre deixado de lado na altura de escolher o companheiro de vida. Deveras adorei a consciência da Jane relativamente aos problemas que lhe foram apresentados e da forma como reagiu aos mesmos, soube não ser egoísta e colocar os seus sentimentos de lado de forma tão perfeita para o bem de outros. 

    Poderia passar uma tarde a escrever sobre este filme, confesso que não dei destaque a muitas outras personagens e cenas que poderia ter dado, contudo também não queria narrar o filme em demasia para poderem conhecê-lo a assisti-lo e não a lerem a minha opinião.

    Deixo então a minha opinião e o incentivo para quem gostar de romances e dramas que é um filme a não perder. Simplesmente magnífico.

*.* E.P.


domingo, 25 de setembro de 2011

Nova aquisição - "A Filha da Profecia" - Trilogia Sevenwaters III, de Juliet Marillier


"O melhor romance celta desde "As Brumas de Avalon""
Autor/a: Juliet Marillier
Editora: Bertrand Editora
Colecção: Romance Fantástico
Classificação: Literatura Fantástica
Ano de Edição: 2010
Páginas: 480
Encadernação: Capa mole

Sinopse: Fainne foi criada numa enseada isolada da costa de Kerry, com uma infância dominada pela solidão. Mas o pai, filho exilado de Sevenwaters, ensina-lhe tudo o que sabe sobre artes mágicas. Esta existência pacífica é ameaçada pelo surgimento da avó da rapariga, a terrível lady Oonagh,que se impõe na vida na neta. Com a perversidade que a caracteriza, a feiticeira informa Fainne do legado que traz dentro de si: o sangue de uma linhagem maldita de feiticeiros, incutindo na jovem um sentimento de ódio profundo e, ao mesmo tempo, incumbindo-a de uma tarefa que a deixará aterrorizada. Enviada para Sevenwaters com o objectivo de destruí-la, Fainne irá usar todos os seus poderes mágicos para impedir o cumprimento de uma profecia.

Último filme - "American Psycho"


   Título original: American Psycho
   Lançamento: 2000 (EUA)
  Actores: Christian BaleWillem DafoeJared Leto, Reese Whisterpoon.
   Direcção: Mary Harron
   Gênero: Terror/Triller
    Duração: 104 min
  
  Sinopse: Patrick Bateman (Christian Bale) jovem, branco, bonito e sem nada que o diferencie de seus colegas de Wall Street. Protegido pela conformidade, privilégio e riqueza, Bateman também um serial killer, que vaga livremente e sem receios em busca de uma nova vítima. Seus impulsos assassinos são abastecidos por um zeloso materialismo e uma inveja torturante quando ele encontra alguém que possui mais do que ele. Após um colega dar-lhe um cartão de visitas melhor que o seu em tinta e papel, a sede de sangue de Bateman surge e ele aumenta ainda mais suas actividades homicidas, tornando-se um perigoso e violento psicopata.


     Essência Pura: 7/10

    Como primeiro filme e último que vi, apresento o American Psycho ( Psicopata americano). 

     Opinião: Este tornou-se para mim, um filme bastante complicado de avaliar. Teve óptimos momentos, contudo senti em certas cenas algo em falta. O protagonista não podia ter sido mais bem escolhido, já conhecia o actor Christian Bale de outros papéis e soube desde o ínicio que seria capaz de interpretar o papel que lhe fora destinado. Destaca-se de todo o elenco, não só por ser ele o centro das atenções de todo o filme, mas também pela personalidade da personagem, Patrick Bateman, assim como, de toda a sua actuação. 

    O filme apresenta um homem bem sucedido na vida, bonito, intelegente, snob, egoísta e egocentrista. Todas estas características são bem visivéis no ínicio do filme, quando Patrick se descreve e mostra a sua rotina. Preocupado apenas consigo e com a sua beleza, não tem pudor em dizer o que pensa, o problema é quando os seus pensamentos se tornam estranhos de mais.

    A pouco e pouco vemos um homem proteccionista a tornar-se num tremendo psicopata. É uma ligação que anda bastante vezes de mãos dadas. Patrick sente uma necessidade tremenda por sangue, não de o consumir, mas de o derramar e essa necessidade cresce durante todo o filme. 

   Torna-se num filme cheio de cenas de violência, de sexo e de ilusões, pois chega-se a um ponto que não é só a personagem que se sente confusa, mas também nós espectadores pelas diferentes dinâmicas do filme. É essa confusão que me fez desgostar mais do filme, não que não goste de filmes confusos pois são dos meus preferidos, mas sim uma confusão que não tem resposta. Estamos confusos porquê? Mas esta cena encaixa em quê? - Este não é o tipo de sensação que gosto de ter quando vejo um filme.

    Pontos Baixos: Algumas atitudes no filme deixaram a desejar. Desde a cena da prostituta a que o Patrick chama de "Christie", até à pouca credibilidade do detective. Desde quando é que uma pessoa que foi extremamente agredida e vai parar ao hospital volta a cair no mesmo conto de fadas? Se calhar mais do que posso acreditar ser possível, mas a cena da moto serra, foi de mais para mim. Por mais leis da física que estude não acredito que seja possível uma moto-serra ligada ser lançada de um andar até vários a baixo e conseguir acertar na pessoa em questão na cena. Enfim. Depois a falta de pro-actividade do detective, as falas que parecem forçadas e as provas ou pelo menos a ideia de que foi uma dada pessoa à vista, sem o detective suspeitar ou dar a entender isso, parece que quer-nos fazer acreditar que um dectetivo pode ser extremamente burro.

    Pontos Altos: Sem dúvida alguma que o ponto alto para mim foi a actuação do Christian Bale. Achei-a divinal. A voz, as expressões, a naturalidade como ele encaixou na personagem, fazem parecer o Patrick Bateman uma pessoa realmente e não uma personagem. O papel de psicopata foi totalmente bem concebido. 
    
    Outro aspecto positivo foi mostrar-se que até um psicopata consegue por vezes combater os seus sentimentos e apelo por sangue. Cena essa passada entre Patrick Bateman e a sua secretária, em que por breves momentos pensei que fosse também tornar-se uma das suas vítimas. 

    Finalização: Recomendo o filme apesar de certos aspectos que não me agradaram. Para quem não conhece a série Dexter e não for um fã da mesma, não saberá ao que me refiro, mas vejo que a série poderá ter adaptado várias ideias deste filme. 
   
    Pode não ter sido um filme 5 estrelas, mas fez-me passar um bom momento. Gostei na generalidade ( mas cortava uma cena ou outra, sem dúvida!). 

*.* E.P

Um Mundo chamado "Essência Pura"

    Muitas vezes pensei em criar um blog onde pudesse expressar as minhas opiniões. Não por obrigação ou dever, mas simplesmente pelo prazer de o fazer.

   Visitei e comentei vários blogs ao longo da minha vida. Sentia a necessidade de ser eu a exprimir-me, mas a falta de tempo, o pouco conhecimento em gerir um blog e por vezes a falta de paciência fez-me sempre adiar um desejo já há muito submerso.

   Hoje, sem medos, decidi criar o que sempre quisera. Um blog onde pudesse opinar sobre algumas das coisas que mais gosto de fazer. Sem grande experiência e à espera de todo o apoio que possa vir dos meus seguidores, abri o Essência Pura. Simples, modesto e puro.

   Inicialmente quase vazio, mas como uma família que vai crescendo, assim como, uma livro que se vai lendo, ele crescerá, lentamente, mas ao ritmo certo da essência.

   *.* E.P